No seu mais recente-fabuloso artigo para a secção gay da Time Out, o Bruno achou por bem abençoar-nos com o seu descrédito relativamente ao activismo.
E depois, (e juro que não percebo) qual é a surpresa e a necessidade do discurso quase incrédulo sobre o facto de já não haverem reivindicações sobre o casamento? Imaginei, porventura, quando a lei no verão passado mudou? É preciso diminuir-nos assim tanto que parece que somos tolinhos sem reivindicações claras? Qual é a dúvida sobre os passos seguintes serem, obviamente, todas as questões da parentalidade, identidade de género e luta contra coisas específicas com a política de doação de sangue, politicas de educação and so on and so on? E nós sempre falámos de coisas para além do casamento. É esquecimento ou é estupidez?
Já começamos a ficar um bocadinho fartos dos assuntos da secção gay da Timeout terem sempre um tom tão leve e estúpido. Festas, sexo, o público gay ser definido por gostar de Madonna ("Como o público gay gosta mais de dançar ao som de temas cantados – Madonna remisturada e por aí fora –, Bruno Muratori tem apostado mais na house instrumental, por saber que isso apela a outro tipo de públicos.") e Deus-nos-livre-Nossa-Senhora! de se falar sobre discriminação ou coisas que efectivamente interessam ao dia-a-dia da população gay Lisboeta.
Que parvoíce, Bruno & Timeout.
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