29 março, 2011

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Eu
The Queer Nation Manifesto

thehomoriot.tumblr.com
avry: “ Being queer means leading a different sort of life. It’s not about the mainstream, profit-margins, patriotism, patriarchy or being assimilated. It’s not about executive directors, privilege...

    • N
      Não existe nação queer tal como não devia existir cultura gay, apenas uma cultura personalista. Ou somos iguais ou não somos. Ser igual na diferença é tudo tretas jacobinistas que não fazem sentido.
      20 February at 02:29 · 
    • Bichas
      se admites que existe uma cultura gay é porque também abres a possibilidade de existência de uma nação queer. é wording. são subgrupos. são perspectivas e neste caso é um manifesto activista. treta jacobinista é o cliché do ou somos todos iguais ou não somos. discriminação positiva é um conceito que existe em todos os campos de luta contra problemas de desigualdades sociais.
      20 February at 02:33 · 
    • N
      Não. A cultura é um fruto do submundo e da marginalidade da homossexualidade. A retórica do "iguais na diferença" é que é absolutamente sem sentido e gera anti-corpos. E a discriminação positiva não deixa de ser injusto.
      20 February at 02:40 · 
    • N
       Heterofobia no seu pior...
      20 February at 02:40 · 
    • Bichas

      A cultura é fruto da realidade. E se a realidade é de marginalização, porque é que é culpa do grupo marginalizado ter uma ideologia, poder ter uma cultura própria, auto-identificar-se e objectivos de reconquista do espaço retirado?


      Achas a retórica sem sentido? Então se não somos "iguais na diferença" nem tão pouco iguais (e vê-se isso até em termos legais) só podemos ser totalmente diferentes.

      E se há -obviamente- desigualdade, como é que esperas que o cenário mude? Com o ignorar e rezar para que as coisas mudem? Isso alguma vez fez alguma coisa por alguém? É lugar comum mas é tão verdade, situações extremas requerem medidas extremas. Só assim se volta ao balanço.

      Ou então, claro, fazemos apenas o confortável que é fingir que está tudo bem.

      Sou heterofobico porque luto pelos meus direitos? Mas porquê? Estou a retirá-los a alguém?
      Esta mania da criminalização do activismo e da imposição do silencio pelas pessoas que não têm medo de lutar contra o status heteronormativo é tão pouco saudável. Parece que está na moda, somos pseudo-heteros porque marginalizamos os outros "falsos" gays mais visíveis.. Normalização por redireccionamento do preconceito.

      E também és contra as marchas e contra public outings e tudo o resto? Vá lá, se não é importante para ti, porque é que te faz tanta comichão? Ignora. 


      Enfim. Ina-meu-ganda-texto.

      20 February at 02:51 · 
    • N

      A heterofobia vem como reacção a qualquer coisa. É uma reacção guetizante. E é isso que cria a dicotomia da hetero e homofobia quando ambos são duas vertentes radicais estéreis. Atacar a heteronormatividade é tão ridículo como atacarmos a nós mesmos. Pois que eu saiba todos temos pai e mãe e a família continua a ser a célula unitária da sociedade. E sim sou contra outings públicos porque são ataques ad hominem e não são dirigidos contra os argumentos e as ideias em si. O que me faz mais comichão é o desejo desenfreado de subverter tudo e mais alguma coisa e depois pregar a "igualdade". Eu não acredito em igualdade social apenas na igual dignidade da pessoa humana. E esta criação de guetos com "cultura gay", "nações gay" fazem mais pela homofobia do que, paradoxalmente, o seu propósito dá a parecer.

      20 February at 03:12 · 
    • Bichas

      Vamos lá esclarecer umas coisas: "Heteronormatividade" é o conceito que descreve o facto de se assumir à partida que todas as pessoas na sociedade são heterossexuais. E isto é errado. É mentira e é perigoso. Deve ser "atacado".


      Mas daí a atacar os heteros vai uma grande diferença. Porque é que dizes isso? Lutar contra a discriminação homofobica não é o mesmo que ser heterofóbico; isso é ridículo. Eu sou contra os homens porque luto pelos direitos das mulheres? Claro que não.

      E nem todos os guetos são forjados. São uma reação natural a uma situação de exclusão. Porque é que existem grupos de apoio aos putos que são bullyzados nas escolas e são expulsos de casa pelos país? Quem é que está a criar o gueto? São eles?

      E achas que este grupo fechado e secreto no facebook é o quê? Vá, posta (postem) estas cenas que aqui pomos nas vossas walls. Queres normalizar, normaliza. Mas normalizar passa por assumir. E isso é a única coisa explícita que o manifesto diz: "We come out of the closet, face the rejection of society, face firing squads, just to love each other! Every time we fuck, we win."

      Sabes, a palavra não é heterofobia. A palavra é homofobia internalizada.

      20 February at 03:22 · 
    • N

      Heteronormatividade tanto quanto eu interpreto é a norma da heterossexualidade. E essa é a norma da sociedade também. Isso não significa que não hajam pessoas fora da norma. Eu acho que se a Emily Pankhurst tivesse conhecido as feministas que queimavam soutiens nos anos '60 ficaria aterrada com o estado ignóbil que as representantes do seu sexo tinham atingido. Mas se olharmos para a história sabemos bem a quem é que o feminismo tem que agradecer, às pessoas do movimento sufragista originário e não às herdeiras da pílula. O movimento gay é muito semelhante. "Everytime we fuck we win" parece uma frase muito inteligente e vanguardista mas na verdade parece-me mais uma foda pelo ultraje e pelo chocante em vez de mostrar o que realmente está por trás disso. Dois homens não se fodem para chocar mas sim porque se amam, porque se desejam ou até pela luxúria. Pensar que foda entre homens é arte, política ou última tusa revolucionária é desconhecer a natureza humana.

      20 February at 03:49 · 
    • Bichas

      Estamos, portanto, em desacordo.


      Interpreta como quiseres, mas um dicionário é um dicionário.


      Acho incrivelmente ofensivo e ingrato a forma como retratas todos os activistas que não são mártires. Deus nos livre de usarmos discursos felizes e de celebração como armas políticas. Deus nos livre de sermos felizes e não termos medo. A Emily Pankhurst teria, como toda a certeza ficado orgulhosa por haver quem não se cale, se revolte e dê continuidade ao legado dela.

      Acho fantástico que digas que a foda seja usada como ultraje e chocante quando vives num mundo onde ainda hoje existem 80 países (or so) que criminalizam a homossexualidade. Foder, é de facto vencer. Há gente a ser enforcada por foderem. Mas nós sobrevivemos. E se te recusas a aceitar que a "foda entre homens é arte, política ou tusa revolucionária", então siceramente tenho pena de ti.

      20 February at 03:59 · 
    • N

      Tem a pena toda que quiseres e te satisfazer na tua vida confortável e "burguesa". Se te queres vitimizar estás à vontade mas o verdadeiro activismo é feito nesses países que mencionaste e onde se é enforcado por foder. Não é a palhaçada danação queer nem esse sentimento infantil de revolta que vai fazer com que isso mude. Não é o arraial Pride de Nova Iorque que vai mudar o que se passa em Teerão ou em Moscovo. Cai na real. Há pessoas que arriscam a vida e há os que escrevem poesia com isso. Há que saber distinguir entre os dois.

      20 February at 04:10 · 
    • Bichas

      Não percebo em que é que a poesia te afecta, então. Se é irrelevante porque é que te chateia?


      E se é tudo tão maravilhoso porque é que precisas deste grupo para te vires queixar destas merdas? Vá, arranja um namorado e sai à rua e adopta um puto e compra uma casa e muda o "interested in" do facebook. Vá.

      É tudo tão fácil porque temos preguiça e medo de mudar as coisas que precisam de mudar. Lá porque não és enforcado não quer dizer que a situação não seja injusta. Fecha-te no mundo do está tudo bem, se te dá prazer. Mas não venhas impingir o mundo côr-de-rosa só porque te sentes bem no teu armário.

      Ó [N], eu vou às escolas e falo com os putos e os professores sobre o que é esse monstro da homossexualidade "que é uma escolha, um pecado e uma doença". Eu conheço a legislação europeia e sei que ainda na EU o facto de se ter um vizinho gay assumido é razão de desconforto e chacota. Um puto que diga que é gay numa escola é maltratado pelos funcionários. Um casal que queira fazer um seguro de saúde, usufruir dos direitos das heranças ou dos direitos de visitas nos hospitais não está protegido legalmente e as pessoas são negadas esses direitos básicos. Para ti não te interessa, mas se calhar um dia vás ter de pensar nestas coisas. Neste momento esta legislação (E muita do que toca no ponto dos T's) está longe de consensual no nosso país e na Europa. Abre os olhos.

      Se achas que as manifestações e os exemplos das pessoas que mostram que "isto" é normal e saudável e que lutam por mudar estas injustiças não serve de nada, então és tão mau como qualquer outro homofóbico ignorante.

      20 February at 04:23 ·  ·  2 people

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